Os desafios da carreira científica
O conhecimento científico é hoje fundamental para o desenvolvimento econômico e social de um país. Em outras palavras: os países que avançam no mundo são os que mais investem em formação de cientistas e em infraestrutura pública, universitária e empresarial para gerar, inovar, transformar e revolucionar o conhecimento atual.
No Brasil, observamos que um grande número de equipes, laboratórios e grupos de pesquisa pertencem à área de saúde, o que corresponde a cerca de 30% da produção científica nacional.
Sabemos que a ciência está em constante evolução e necessita de investimentos em diversos domínios. Para acompanhar, simultaneamente, a velocidade da evolução e fomentar a produção científica, é essencial estabelecer parcerias entre universidades e institutos de pesquisas com empresas públicas ou privadas.
Mas para além dos artigos produzidos em revistas indexadas mundo afora, ainda nos resta um grande desafio: aliar cada vez mais o saber científico ao desenvolvimento tecnológico, de forma a permitir que este conhecimento se traduza em inovações, produtos e processos que possam gerar benefícios para a sociedade.
Ainda mais, como o conhecimento é cada vez mais interdisciplinar e interprofissional, é preciso entender a ciência sob a perspectiva da construção coletiva do saber, do pensar em equipe.
Ou seja, a carreira de um pesquisador passa não apenas pela aptidão pessoal do indivíduo, mas também por ambientes que permitam a convergência de conhecimentos; equipes de laboratórios bem constituídas, dispondo de tecnologias inovadoras, que favoreçam a construção metodológica do pensamento.
Dessa forma, aqueles que desejam trilhar esse caminho devem procurar adotar uma perspectiva crítica e colaborativa, criativa e inovadora, inspirando-se nos conhecimentos anteriormente já bem estabelecidos.